Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra, da Universidade de Lisboa e da Câmara Municipal de Lisboa acaba de ver publicado na revista científica International Journal of Paleonpathology o seu estudo que revela a descoberta de um teratoma na zona pélvica de uma mulher.

A descoberta foi feita durante as escavações no cemitério gótico do Largo do Carmo, em Lisboa, onde foi encontrado um esqueleto que possuía um tumor calcificado com cerca de 3,8 centímetros de comprimento e 4,3 centímetros de diâmetro e onde estão presentes cinco dentes malformados.

Sofia Wasterlain, investigadora da Universidade de Coimbra envolvida no estudo e ouvida pela Lusa, refere que a mulher onde foi encontrado o tumor deveria ter mais de 45 anos, não havendo “qualquer sinal que evidencia” que este tumor fosse maligno. De acordo com a investigação, o tumor deverá tratar-se de um teratoma de ovário, o primeiro caso alguma vez detetado em Portugal em escavações arqueológicas.

Para a investigadora, este tipo de descobertas são importantes e podem ajudar a completar “a história das doenças”.

“Há uma ideia generalizada de que o cancro ou os tumores são produto da nossa vida ocidental e, na verdade, acabamos por encontrar casos de há muitos séculos. É importante documentar estes casos”.

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